Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

U2 - One


Bono Vox está lindo e mais alguma coisa difícil de ponderar nesta música, também linda, que aliás figura no ranking da Rolling Stone na 36ª posição, entre as 500 melhores... Alguns dados fornecidos pela revista: "Achtung Baby foi o álbum em que o U2 trocou uma década de seriedade pela ironia, mas a nova abordagem resultou no single mais comovente da história da banda. "One" surgiu de outra música, "Mysterious Ways", quando The Edge teve duas ideias para a ponte e Bono gostou tanto de uma delas que escreveu uma nova letra. Embora alguns a ouçam como uma canção de amor, as palavras são cheias de mágoa e ambiguidade. 'Teve gente que já me falou que a tocaram em seu casamento', The Edge conta. 'Penso: Você já prestou atenção na letra? Não é este tipo de música.'" Rolling Stone, edição especial de colecionador, 2010, p.36. 

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