Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quinta-feira, 31 de março de 2011

a beleza das ruínas


As ruínas do que se foi não necessariamente coincidem com aquelas do mundo ao redor. A descrição desse vídeo diz: "Built in the 50's, this oil refinery operated until 1984 when it was shut down. It has been abandoned now for over 27 years, a temple to the beauty of entropy." Entropia é um conceito aprendido nas aulas de Física, que diz respeito à tendência à desorganização dos sistemas. Mas viver é lutar, teimar por pôr um pouco de ordem nas coisas, pelo menos em si mesmo. 

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