Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quinta-feira, 31 de março de 2011

cinema

Uma das vantagens de ir ao cinema é conferir o trailer de possíveis filmes a assistir. Quase chorei só de ver algumas cenas de As Mães de Chico Xavier: então nem pensar. Mas me pareceu interessante a proposta de A Novela das Oito, inspirado na novela Dancin Days. Nem que seja para respirar novamente aqueles ares de infância indo embora. Havia um estranho fascínio naquelas musas dançantes com suas meias bizarras e coloridas, fascínio que só mais tarde fui entender. Parece que o filme vai mexer no espinheiro da ditadura. Aqui a abertura da novela.

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