Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

suco de limão

Suco de limão para desintoxicar o organismo. E para desintoxicar o dia, dormir? A discurseira corre solta, não é fácil preservar a boa saúde psíquica em meio a tantas oportunidades e sugestões para acanalhar-se. É preciso, pois, desintoxicar-se do dia, ou “desintoxicar o dia”, mesmo quando o avançado da hora diz que já faz tempo é noite. 

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