Por baixo das palavras, as linhas e os silêncios de
uma vida. Na impossibilidade de ser invisível, o visível das palavras, palavras
que querem proteger.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Ludwig Uhland
A COROA SUBMERSA
No alto daquele monte
Há uma casa pequenina,
Panorama deslumbrante
Da porta se descortina;
Livre e justo lavrador
Lá mora, que ao fim do dia
Cânticos ergue ao Senhor
E o gume da foice afia.
Há uma casa pequenina,
Panorama deslumbrante
Da porta se descortina;
Livre e justo lavrador
Lá mora, que ao fim do dia
Cânticos ergue ao Senhor
E o gume da foice afia.
Embaixo um pântano existe
Sombrio, onde jaz no fundo
Coroa, em que já se viram
A glória e o poder do mundo;
Carbúnculos e safiras
Lá estão à noite a brilhar;
Ali ela vive há séculos,
Ninguém ainda foi a buscar.
Coroa, em que já se viram
A glória e o poder do mundo;
Carbúnculos e safiras
Lá estão à noite a brilhar;
Ali ela vive há séculos,
Ninguém ainda foi a buscar.
Cinco
séculos de poesia. Org. e trad. Alexei Bueno. Rio de
Janeiro: Record, 2013, p.35.