Esta pergunta pontua o entrecho do conto “O Espelho”,
de João Guimarães Rosa, numa digressão que termina por interpelar o leitor. A
narrativa condensa um percurso assaz complexo rumo a si mesmo, que o narrador
descreve ao leitor uma vez finda a experiência com o espelho. A questão resume a
angústia diante de uma transformação ou percurso existencial complexo que
alguém porventura atravesse. Ia-o conseguindo? No labirinto da vida, é uma
pergunta que se faz, sem que se vislumbre uma resposta. A pergunta ecoa nos
labirintos da própria mente.