domingo, 15 de agosto de 2010

o nome da rosa

“Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume.” (William Shakespeare). Não é gratuito o título do romance mais famoso de Umberto Eco, O nome da rosa, que rendeu uma adaptação cinematográfica razoável, em termos de trama, passando todavia ao largo da importante discussão semiótica que a obra levanta. E embora eu tenha lido o livro duas vezes, lamento que sua parte mais rica tenha ficado para trás, junto com a leitura. Lembro-me, todavia, de um pós-escrito que autor publicou, referindo Borges como uma de suas fontes. De fato, e no filme isso fica bem marcado, há um cego tirânico, com olhos azuis incrivelmente claros, que domina a biblioteca, o acesso às obras - quer dizer, decide os caminhos que o conhecimento poderá tomar. Não sei mais onde li isso, mas cego em biblioteca só pode dar Borges (acho que foi o próprio Umberto Eco que falou). O que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume? 

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