terça-feira, 9 de novembro de 2010

Uma Noite em 67 (Brasil, 2010)


O CQC cercou, tempos atrás, Chico Buarque na rua, que se esquivou como pôde. A dada altura, o repórter abordou-o nos termos: docinho de coco da MPB, amado pelas mulheres, beijado pelos homens... É verdade. Chico Buarque de Holanda é das poucas unanimidades deste país. Nesse sentido, o documentário “Uma Noite em 67” é imperdível, pelo registro de um momento em que aquilo que chamamos hoje MPB, sem saber ao certo o que é isso, mas que tem na música de Chico Buarque sua melhor expressão, estava se engendrando. À parte a comicidade de tudo, do antológico violão quebrado, há que se notar a cafonice de Roberto Carlos (ele melhorou muito, desde então), as perguntas sem noção dos repórteres, Caetano Veloso parecendo meio perdido nas falas de então, a fala de Edu Lobo, cujo “Ponteio” venceu o festival, a fala dos organizadores, e sobretudo as falas (ontem e hoje) de Chico Buarque ― ele já sabia, então, que era Chico Buarque de Holanda.

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