Disse em post recente que não faço compras de Natal. Mas não se escapa de ter família, e mesmo quem não tem filhos costuma possuir um sucedâneo nos sobrinhos, tendo também irmãos. Fui então à Livriaria da Travessa comprar alguns livros que servirão como presentes, e que possivelmente serão lidos, quem sabe alcançando o que pretendiam ser, no meu gesto: um além da mercadoria. Sem muitas ilusões a esse respeito. Li Walter Benjamin. Mas a vida é estar aqui agora escrevendo esse post, mais uma das minhas declarações de amor aos livros ― e à escrita, da qual não consigo me furtar, sob pena de me faltar o próprio ar, não obstante a vida material estar relativamente encaminhada. Pode parecer grosseiro falar assim, mas o custo de tudo é elevado, e a fatura chega, sempre chega, de diferentes formas.

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