segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

liberdade

Sinto um cansaço imenso das pessoas que, pouco me conhecendo, para não dizer nada conhecendo, supõem-me decifrada. Ocorre que eu faço viagens por terrenos muito próprios, sempre as fiz. Quem poderá negá-las? Comecei o ano de 2010 com uma crise espiritual que deveria ter resolvido nos confins e recessos de minha persona. Toda vez que tento pensar em Deus alguma coisa engole em falso na minha garganta, mas disso os delegados não dão conta. Durante anos eu me ajoelhei numa igreja para rezar, até não conseguir mais sequer entrar em uma: mas isso não significa aderir a escolhas que não são minhas. Seja lá o que eu for, ou quem quer que eu seja, haja ou não um eu, não é possível prescindir do fato de que há ações em curso pelas quais eu respondo, e que decisões são tomadas o tempo todo. O território delimitado pelo meu corpo é meu, e há uma bandeira fincada nele. 

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