domingo, 9 de janeiro de 2011

pequenos milagres


Abro um livro de Machado de Assis, pois que estou com saudade do autor, e me deparo com este insólito marcador de página, do tempo em que morava em BH e ia com mais frequência ao cinema, colecionando postais publicitários (pop cards) que os espaços de cinema, entre outros, passaram a disponibilizar. Deve haver algum engano. Milagres não combinam com Machado de Assis, e eu, entre o ceticismo deste e a magia daqueles, estou pendendo mais a acreditar que a descrer. Colecionar postais, abstraindo seus fins publicitários, é uma forma de contentar-se com pouco. Pouco que neste caso é muito, pois deseja a beleza, tão-somente. E por falar em Machado, o marcador cousas díspares não vai colar: tem qualquer coisa de sarcástico nele, de auto-deboche, que não estava pressuposto na intenção original. Talvez a solução esteja em procurar outro substantivo: posts díspares, mas no singular. É isso. Resolvido. Sonhos são janelas por onde a alma escapa enquanto o corpo tenta descansar.

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