Assisti VIPs e confirmei algumas coisas: Wagner Moura tirando, finalmente, a pele do Capitão Nascimento e vestindo outras personas, confirmando seu talento plural e sua posição de destaque entre os atores de sua geração. A interpretação da música "Será?", do Legião Urbana, comparece como aposta e como versatilidade do personagem: ele imita quem ele quiser, até Renato Russo. No Brasil, o culto às celebridades extrapola qualquer limite de bom senso, e a mãe de Marcelo é um exemplo, com seu painel ilustrativo e suas misteriosas máscaras. Mais do que isso, o pai aparece como uma espécie de fantasma constante e onisciente, a dirigir enigmas ao filho. VIPs confirma que o fundo do poço pode não ter fundo. Um detalhe: quando os Rolling Stones vieram ao Brasil fazer um show ao vivo na praia de Copacabana, uma nota de coluna social questionou a imensa área destinada aos VIPs: 2.000 pessoas. Tamanho contingente numa área dita VIP encerrava uma contradição que dizia respeito à proliferação das ditas celebridades. A mãe e o pai de Marcelo não cansam de repetir-lhe que ele é um zé-ninguém. Pois é.
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