sexta-feira, 27 de maio de 2011

silêncio

O silêncio da casa, após uma inacreditável sexta-feira de muitos ruídos. Eu, o silêncio e as palavras. Ao longe, o ruído de um avião. Próximos, ruídos da rua. Aprecio deveras o silêncio. Ao mesmo tempo, é-me inevitável fazer alguma espécie de barulho, por exemplo escrever. Escrever é romper com o silêncio, mesmo quando ele é desejado. Para o burburinho do mundo é necessário desenvolver uma espécie de proteção acústica interna, tal como a descreve Paulo Mendes Campos em seu esplêndido relato sobre o LSD: "Era como se estivesse acolchoado por dentro." Preciso terminar de postar esse relato.

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