A passagem do tempo, capturada em flagrantes diários, o mesmo lugar, a mesma hora, pelas lentes de uma objetiva. Ficou-me deste filme a memória desses instantâneos cotidianos e a figura melancólica do personagem interpretado por William Hurt. O tempo como uma cortina invisível a esconder as vidas, as pessoas, umas das outras. E então surge o inusitado álbum de fotografias, a vida contada por si mesma. Mais do que isso, o regresso do cinema à sua origem, às imagens em movimento. Entre as imagens e as pessoas a cortina sutil do tempo, escupindo em suas vidas histórias de que participam, mas, como num teatro, mais abertas ao olhar do outro, quando as cortinas se abrem, que ao próprio olhar. Não sei o que é visto quando alguém me vê, pois não posso sair de mim. AQUI um comentário sobre o filme.
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