sábado, 8 de outubro de 2011

Guenádi Aigui

ROSA DO SILÊNCIO

e agora
o coração
ou apenas ausência
uma vacância tensa ― como quando arrefece
aos poucos
à espera
o sítio da prece
(o puro ― permanência ― no puro)
ou ― aos arrancos a incipiente dor
(ou ― às vezes possivelmente
dói ― à criança)
frágil desnudo-viva
qual impotência de pássaro

Poesia russa moderna. Trad. Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman. São Paulo: Perspectiva, 2001, p.390.

Nenhum comentário:

Postar um comentário