sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

parágrafo

Ontem pensei muito num post assim: “Não sou para-raio de maluco.” Pois me lembrei de uma frase dita a uma amiga, não nesta letra, e aproximando um pouco o espírito. Eu havia dito a minha amiga, ao me despedir dela já um pouco tarde em sua casa, que não se preocupasse, pois nada costuma me acontecer nessas circunstâncias. Pensei mas não postei. E então, porque pensava também na grafia de para-raio segundo o acordo ortográfico, sonhei, Deus sabe por quê, que parágrafo havia perdido o acento. O bastidor aí já é outro, uma conversa recente com os colegas de trabalho sobre aspectos contraditórios do acordo, com o qual, no que diz respeito ao hífen, pouco me familiarizei até agora, pois que já não tinha muita familiaridade com o hífen. Mas é claro que não sonhei com o acordo, embora possa ter sonhado com a história da língua. Sonhei com o dito não postado, menos que um parágrafo, apenas uma frase. E é uma pena que, do sonho, só esta lembrança tenha ficado, já que, por lampejos, sei que havia outras coisas, que foram embora assim que a manhã tomou o lugar da noite. Não sei o que a palavra parágrafo estava fazendo no meu sonho. Quem sabe uma metonímia do dia de ontem, física e mentalmente bastante cansativo, com muitos parágrafos, não necessariamente concordantes, às vezes com ruídos, mas fazendo um texto novo, me parece. 

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