sábado, 30 de junho de 2012

sábado no rio

O JB, quando ainda circulava na versão impressa, tinha uma coluna ― ou algo similar, pelo menos quando eu ainda lia o jornal ― intitulada “Sábado no Rio”, que eu percorria sem grande curiosidade, mas que me ficou na memória ― pelo menos o título. Na época, eu não podia sonhar que um dia viria morar nesta cidade. O sábado no Rio, conforme apresentado pela simpática coluna, era uma coisa que se passava num reino bem distante, quase em outra galáxia. Tratava-se de uma leitura (ou leitora) pitoresca. Mas, de fato, a grande mestra disso tudo é a memória. Eu teria me esquecido dessa coluna por completo se não tivesse vindo morar no Rio de Janeiro e prestado atenção em seu sábado, por outro ângulo, diga-se. O (meu) sábado no Rio tem pouco a ver com a substância porosa que guardei da leitura da coluna antiga, e foi por contraste que a memória trabalhou. Porque eu sei que é diferente, mas não sei explicar como nem por quê. A memória deu contorno a uma experiência, mas essa experiência é singular. 

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