No rasto deixado
pelas amizades perdidas, uma constatação: minha baixa imunidade à intimidade. Em
todas as amizades que perdi ― ou abandonei ― não suportei alguma coisa que só posso chamar de
excesso do outro em mim. De tal forma
que não consigo saber se perdi ou provoquei a perda. Há qualquer coisa de incompetência nisso, um viver eternamente amador, uma dificuldade incrível de
perceber limites. Pois, se é para (se) afastar depois, por que permitir a
aproximação? Talvez pela esperança, tímida, de que a vida surpreenda.
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