Quando se toma certa distância, não há mais como
voltar. Mas então torna-se possível ― quer dizer, as condições de possibilidade surgem ―, torna-se
possível descobrir que a distância foi a proteção que o corpo ― e tudo que nele vai ― pediu para se resguardar de
qualquer coisa muito violenta, farejada antes de tudo pela intuição. A
distância pode até parecer exílio para quem admite um centro para tudo. Mas
quando não há mais centro, e a única realidade tangível é o corpo que se
possui, então argumentar em termos de distância é apenas uma forma de demarcar
uma nova geografia dos sentimentos e afetos.
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