sexta-feira, 30 de novembro de 2012

lacuna

Neste fim de dia, de rotina, de fechamento do ciclo da semana de trabalho, alguma coisa nova, como uma fronteira, se desenha. Se, como quer Moacyr Scliar neste conto, há uma lacuna entre palavra e vida, isso não precisa ser uma advertência à palavra, mas pode ser um senão à vida. Se não é possível saber onde termina uma e onde começa a outra ― desconfio mesmo que são a mesma coisa ―, a verdade é que se tem pouco com que dar conta da imensidão da vida. Palavras traem. Mas e o silêncio, não seria mais traiçoeiro? 

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