quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Orides Fontela: a coisa, apreendida, rende-se?

CAÇA

Visar o centro
ou, pelo menos,
o melhor lado
(o mais frágil).

Astúcia e tempo
(paciência armada)
e ― na surpresa
do golpe rápido ―

colher a coisa
que, apreendida,
rende-se?

Não: desnatura-se
ao nosso ato...
Ou foge.

FONTELA, Orides. Poesia reunida. São Paulo: Cosac Naify: Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006, p.159.

Nenhum comentário:

Postar um comentário