Há qualquer coisa de endurecimento ―
defesa antecipada ― em mim que vem atravancando minha usual generosidade.
Qualquer passo em direção ao outro, quando esse outro não parece representar terreno seguro, comporta um elemento de
cálculo que torna tudo cansativo. Aí eu acabo preferindo o que denominaria de
descanso subjetivo. Uma forma de preguiça existencial? Como, depois de tanto
tempo cultivando música própria, fazer dueto com a música alheia? Por sorte há a poesia, companheira
inestimável de viagem e do que é intervalo. E não vivo mais sem os rabiscos que
faço aqui ― que me descansam de mim mesma ― e sem as aulas de natação.
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