segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

companhia de viagem (a extrema precisão de um poema)

CANÇÃO DE VIDRO

E nada vibrou...
Não se ouviu nada...
Nada...

Mas o cristal nunca mais deu o mesmo som.

Cala, amigo...
Cuidado, amiga...
Uma palavra só
Pode tudo perder para sempre...

E é tão puro o silêncio agora!

Mário Quintana. Canções seguido de Sapato florido e A rua dos cataventos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012, p.20. 

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