domingo, 24 de fevereiro de 2013

Insolação (Felipe Hirsch e Daniela Thomas, Brasil, 2009)

“Insolação” também poderia se chamar “Inanição”: as personagens vão morrendo aos poucos de inanição em sua busca de amor, pelo amor. Trata-se de um filme de estrutura narrativa tênue, quase inexistente, pontuado pela poesia e pela digressão existencial, como se o sentir fosse mais importante que o contar. Personagens passando por uma dissolução emocional cujo fundo é uma paisagem árida, inóspita, abrasada pelo sol e pela solidão, uma arquitetura que termina por esgarçar o frágil tecido daquelas subjetividades errantes.

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