“Insolação” também poderia se chamar “Inanição”: as
personagens vão morrendo aos poucos de inanição em sua busca de amor, pelo amor.
Trata-se de um filme de estrutura narrativa tênue, quase inexistente, pontuado pela poesia e pela digressão existencial, como se o
sentir fosse mais importante que o contar. Personagens passando por uma dissolução emocional cujo fundo é uma
paisagem árida, inóspita, abrasada pelo sol e pela solidão, uma arquitetura que
termina por esgarçar o frágil tecido daquelas subjetividades errantes.
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