sábado, 14 de setembro de 2013

o que detesto quando digo “eu detesto a Rita Lee”

Naturalmente o que a Rita Lee representa (para mim): uma musiquinha fácil, de supermercado, grudenta; a postura pseudorrebelde; a voz chata dela; o adocicado viscoso de letra e melodia; a autocomplacência burguesa de um gosto musical duvidoso; os sorrisos de comercial de margarina... É preciso, acima de tudo, poder detestar, ter o direito de detestar — algo, alguém, alguma coisa —, porque não há como ficar indiferente às coisas detestáveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário