domingo, 9 de março de 2014

Jacques Prévert

PRODÍGIOS DA LIBERDADE

Nos dentes da armadilha,
a pata da raposa.
E o sangue sobre a neve,
o sangue da raposa.
E marcas sobre a neve,
as marcas da raposa
que foge com três patas,
sob o sol já poente,
levando entre seus dentes
uma lebre ainda viva.

Carlos Drummond de Andrade. Poesia traduzida. São Paulo: Cosac Naify, 2001, p.307.

Nenhum comentário:

Postar um comentário