Diz o
poeta que só o sonho é inevitável. Mas o nome que se tem, dito próprio, também.
“Fiz uma breve avaliação de posses e cheguei à conclusão espantosa de que a
única coisa que temos que ainda não nos foi tirada: o próprio nome.” (Clarice
Lispector, Um sopro de vida). O marcador
“ainda” sinaliza uma possibilidade perturbadora. Não somos donos do dia — é o
que parece nos sugerir a noite.
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