Moro no oitavo andar, como diz a música. Na verdade,
contando o play e os dois pisos de garagem, moro no 11º. Trata-se de imóvel
alugado, cujo contrato, recentemente renovado, encerra-se em 2017. Como o condomínio
do prédio deixa muito a desejar, impõe-se, quando o contrato encerrar, procurar
outro imóvel, maior de preferência. Também alugado. E de novo em andar alto. A maré econômica não está dando trégua, e torna-se remota a hipótese de financiar
um imóvel — as condições (entrada e juros) pegaram o elevador da crise, resposta para quase tudo que está
ruim no país. Aos bancos e aos graúdos que estão no comando da economia do país não
interessa que o brasileiro comum tenha condições facilitadas, humanas, de adquirir
um imóvel. Então se aluga um. De mais a mais, a que (ou a quem) ainda serve o
sonho da casa própria? Que mito se esconde aí? Talvez o de poder bater um prego
na parede sem ter que explicá-lo (depois). Ao diabo todos os proprietários de
imóvel, que impõem, mediante o disfarce da lei, condições azedas a quem
simplesmente quer morar em paz, pagando em dia por isso. Ao diabo.
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