sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Paulo Roberto Sodré

Ainda o sujeito

Não prescindo dos eus
que recolhem mes, meus
e todas as caixas
em que se guardam
os egoísmos.

Sim.

Não que eu queira
sujeitos ardentes de si
ou sujeitos a si
em todos os quadrantes.

Não.

Há no senhor de si
fendas para alumbramentos
que, lançando-o de si afora,
cospem-no ao devir
seco por trajetos de contramão.

[A parte que nos toca: literatura brasileira feita no Espírito Santo. Org. Miguel Marvilla e Reinaldo Santos Neves. Vitória: Florecultura, 2000, p.197.]

Nenhum comentário:

Postar um comentário