De minha assombrosa experiência em Goiás, em torno de um feriado de 02 de novembro ― o que tornou tudo mais insólito, pois senti morte e vida intensamente próximas ―, em que passei mal longe de casa, de tudo, ficou-me a lembrança do médico, de suas palavras, experiência que, para não perder, já que ela sempre me chega numa nebulosa, tentei registrar em dois posts, os recados do sertão (aqui e aqui). Eu não só não esqueço o que vivi como a lembrança assídua dessa turbulência (para mal de meus pecados e do meu medo de avião) diz de outras, recentes. Então ele disse algo assim: na travessia de um rio, quando as águas se agitam muito, o melhor a fazer é buscar um modo melhor de respirar, que as próprias águas vão se encarregar de conduzir a uma margem mais tranquila. Que a profissão daquele estranho ser seja a medicina (e que Guimarães Rosa tenha sido médico antes de se fazer diplomata e escritor) me traz um estranho conforto, de que eu tenho os recursos, estão à minha mão.
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