sábado, 23 de julho de 2011

Emily Dickinson: The Loneliness One dare not sound ―

A Solidão que Ninguém sonda ―
E o tamanho imagina
Enquanto põe o fio a prumo
Para a Cova medir ―

A Solidão que o maior medo
É de ver a si própria ―
E ante si própria destruir-se
Numa mirada só ―

Não o Horror de nos vigiarem ―
Mas no Escuro manter-nos ―
A consciência interceptada ―
E na Prisão o Ser ―

Sinto que a Solidão ― é isto ―
O Criador da alma
As Cavernas e os Corredores
Clarear ― ou lacrar ―


The Loneliness One dare not sound
And would as soon surmise
As in its Grave go plumbing
To ascertain the size


The Loneliness whose worst alarm
Is lest itself should see

And perish from before itself
For just a scrutiny


The Horror not to be surveyed

But skirted in the Dark

With Consciousness suspended

And Being under Lock


I fear me this
is Loneliness
The Maker of the soul
Its Caverns and its Corridors
Illuminate
or seal

DICKINSON, Emily. Alguns poemas. Trad. José Lira. São Paulo: Iluminuras, 2008, p.158-159.

Nenhum comentário:

Postar um comentário