terça-feira, 20 de dezembro de 2011

rio de janeiro

Hoje escolhi um trajeto alternativo para voltar para casa, em parte por falta de disposição de me dirigir até o Centro, em parte porque me atraía a ideia de passar pela orla. Levei três horas e meia para chegar em casa. Um simples Natal traz o caos para o trânsito da cidade. As autoridades estão assegurando que vão resolver os problemas de infra-estrutura até os dois eventos esportivos que a cidade vai sediar. Isso é bastante questionável. As ruas e avenidas desta cidade ainda vivem no tempo da Bossa Nova, para que a garota de Ipanema possa passar devagar. Um enorme congestionamento se forma na orla para que os veículos possam entrar na Avenida Niemayer. São cinco pistas de dois afluxos que precisam virar uma pista única, numa espécie de funil sem sinalização. Os veículos vão se amontoando. Depois disso, novas retenções. Na altura do bairro classe média alta que vem depois do elevado do Joá, ouvi o motorista dizer que não entendia como as pessoas conseguiam viver lá, pois estão presas pelo trânsito. Palavras dele: prisão domiciliar. Estava anestesiada pela lentidão, levei alguns segundos para entender. Apesar de tudo, como a geografia desta cidade é bela! Não as praias lotadas, um tanto largadas, com um jeitão de improviso. A geografia mesmo, as formas da natureza em contraste com algumas soluções bem-vindas de urbanização. Algumas. 

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