domingo, 11 de março de 2012

incomunicável e intransferível

“Se algum dia tiver de me contar, farei talvez, se sobrar o tempo, um poema ― poema é só poema, não poesia. Poema se faz com papel, tinta e suor ― poesia é estado de graça, sonambulismo e transfiguração. O melhor, porém, é não escrever nada, nem versos nem memórias, nem epopeia nem biografia. O que há de mais secreto em nós é incomunicável e intransferível. O homem não é mais que sua vida ― porém muito menos que seus sonhos.”

Luis Martins. “Mundo submerso”. __. Antologia da crônica brasileira: de Machado de Assis a Lourenço Diaféria. São Paulo: Moderna, 2005, p.102. De e sobre Luis Martins, aqui e aqui

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