O fiador consta como uma
das exigências para alugar um imóvel no Brasil. A alternativa é o pagamento de
um seguro fiança, que se torna, na verdade, a única saída. A não ser que se
queira enredar-se numa atrapalhação burocrática que já seria algo kafkiano se
incomodasse apenas o locatário. Qualquer pessoa com menos estômago diz não e
pergunta qual o montante do cheque para o atalho. O fiador é uma instituição
arcaica o suficiente para mostrar que ainda estamos longe de ser um povo (pois
falar em nação é certamente algo hiperbólico) emancipado de sua condição
colonial. Uma nação livre não poderia constranger dessa forma àqueles que, na
Constituição, chama de cidadãos.
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