quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Cacaso

TÁXI

O poeta passa de táxi em qualquer canto e lá vê
o amante da empregada doméstica sussurrar
em seu pescoço qualquer podridão deste universo.
Como será o amor das pessoas rudes?

O poeta não se conforma de não conhecer
todas as formas da delicadeza.

CACASO. Lero-lero. São Paulo: Cosac Naify, 2012, p.16. 

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