sábado, 8 de fevereiro de 2014

Não verás país nenhum

O forte calor que está fazendo há dias faz pensar na atualidade de um livro de 1981, de Inácio de Loyola Brandão, “Não verás país nenhum”, cujo título altera substancialmente o sentido do conhecido verso de Olavo Bilac, “Não verás país nenhum como este.” O tom laudatório cede à imagem apocalíptica de uma terra devastada: não verás país nenhum. E, de fato, alguém está vendo alguma coisa, algum país (nação) a que se sente efetivamente pertencendo? Não, a não ser que consiga chamar de nação uma geografia hostil.

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