As fortes imagens divulgadas pela mídia mostrando a devastação provocada pela chuva no Nordeste (aqui) fazem pensar que a pergunta "que país é este?" já não faz mais sentido, pois simplesmente o país tornou-se incapaz de se pensar, e portanto de respondê-la. Na mesma semana em que essa tragédia coletiva aconteceu, um político como Paulo Maluf veio a público dizer que sua ficha é a mais limpa do Brasil, afirmação cujo notório teor de desrespeito aos habitantes do país só passou batido porque estamos em pleno mundial de futebol. Quer dizer, ele fala assim porque confia na progressiva imbecilização coletiva, que faz com que ladrões e corruptos como ele continuem circulando livremente por aí, inclusive com o direito de se elegerem a um mandato político. Quem me representa politicamente? Em quem estou votando a cada eleição? Cargos políticos são de longo prazo, pois em geral os mandatários tendem a se perpetuar neles, fazendo da política uma estranha profissão, cujas manhas se aprendem na prática do ofício. E já que o assunto é futebol, um slogan recente, afixado num carro: "Sou brasileiro. Sou campeão". De quê?
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