Paranoid Park traz, a bordo do vazio e da
incomunicabilidade das experiências que as personagens adolescentes vivenciam, uma aposta
inusitada: a escrita como elemento de catarse. No caso, praticamente um
simulacro da escrita, haja vista que a carta (ou cartas) não será enviada à
remetente, que no entanto é decisiva para que aquela escrita aconteça. Metonimicamente,
as cartas deslizam para o fogo, que aparece não como destruição, mas como
possibilidade de transformação, que a escrita ensejou.
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