Já pensei em fechar este blog, excluí-lo, parar de
escrever, ou melhor, de supor que escrevo. Já pensei em editá-lo ― mas mesmo
pensar a sério nisso eu não penso. O que tenho na verdade é preguiça, muita, em
especial de olhar para trás, fazer revisões. Não quero sobre mim a maldição da
mulher de Lot, nem nenhuma outra. A densidade do presente ― do
instante-presente que a cada instante se esvai em passado, virando sal, tempo
estéril e perdido ― é tal que o silêncio muitas vezes é mais convidativo que a
palavra.
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