Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
loucos amenos
Certa feita me ocorreu este jogo de palavras: locus amoenus, loucos amenos, loucos a
menos. Um anagrama com um grão de sandice, ou de saúde, conforme se entenda ou não ser salvo pela linguagem (trocando de sinal).
José Paulo Paes
ODE AO TURISMO
do juízo final
só eles serão poupados
porque mesmo nesse dia
estavam apenas de passagem
José
Paulo Paes. Poesia completa. São
Paulo: Companhia das Letras, 2008, p.340.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
o imponderável nas contingências
A história do que nos oprime é também a história de nossa estreiteza de pensamento.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
domingo, 11 de agosto de 2013
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