“Anda, vai; adeus! Põe dinheiro em tua bolsa.
(sai Rodrigo)
Faço assim de meu bobo minha bolsa.
Seria profanar o que aprendi
Gastar meu tempo com um palerma desses
Senão pra lucro meu; odeio o Mouro,
E dizem por aí que em meus lençóis
Ele fez meu papel; não sei se é certo...
Mas, para mim,
só suspeitar é o mesmo
Que certeza,
no caso. Ele me estima,
O que me facilita abusar dele.”
William Shakespeare. Otelo, o mouro de Veneza. Trad. Bárbara Heliodora. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2011, p.39.
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