Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


domingo, 22 de dezembro de 2013

trecho de conversa: o pulsar da vida

“Sinto que tem coisas para as quais a gente tem de dar um bom desconto, pois somos muito rigorosas, não é? Eu sou...  Quero sempre eu mesma estar melhor, falar coisas melhores, observar mais, contribuir mais para o bem estar dos outros, mas o tempo corre, os segundos pulsam junto com as palavras que brotam segundo uma lógica que não controlamos e os acontecimentos são da conta de...  diria Deus, mas tenho escrúpulos... 

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