OP. CIT., PP.
164-65
“No poema
moderno, é sempre nítida
uma tensão
entre a necessidade
de exprimir-se
uma subjetividade
numa
personalíssima voz lírica
e, de outro, a
consciência crítica
de um sujeito
que se inventa e evade,
ao mesmo tempo
ressaltando o que há de
falso em si
próprio — uma postura cínica,
talvez, porém
honesta, pois de boa-
fé o autor
desconstrói seu artifício,
desmistifica-se
para o ‘leitor-
irmão…’” Hm.
Pode ser. Mas o Pessoa,
em doze
heptassílabos, já disse o
mesmo — não,
disse mais — muito melhor.
Paulo
Henriques Britto. Tarde. São Paulo: Companhia
das Letras, 2007, p.9.
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