Em resposta ao decreto emitido pelo
governador interino do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, onde ele coloca o
Rio de Janeiro em estado de calamidade pública, um cidadão acaba de decretar
estado de calamidade privada e assume que não poderá honrar com seus
compromissos e pagar suas contas e dívidas. O cidadão, que não quis se
identificar, comunicou aos bancos e aos prestadores de serviço que não tem
dinheiro para pagar as despesas do mês e que está aguardando um aporte
financeiro do governo para poder honrar suas dívidas. Outros cidadãos estão
seguindo o exemplo e também estão decretando estado de calamidade privada, e
aguardam também um jantar com Temer para resolverem suas vidas. (daqui)
Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.
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