Quem me diz que sou quem julgo?
Os doidos é que estão certos.
Por bem ou mal, não promulgo...
Mas quem dera ter abertos
Os ouvidos ao segredo
Da fantasia que engana
E ser quem não se é sem medo
Segundo a maneira humana!
Todos sabem a verdade
Menos eu, que a procurei
Com tanta sinceridade!
Fernando Pessoa. Poesia: 1931-1935. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p.127.
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