A nossa civilização vive um momento de, digamos, um
liberalismo excessivo, uma overdose de liberalismo. No plano individual, é
mais do que sabido que todo mundo ― e qualquer um ― faz o que bem entender da própria
vida, apenas assumindo o pressuposto básico de que isso é ao mesmo tempo uma
prerrogativa individual e de todos. Mas, como a gente às vezes acaba senso mais
indivíduo que coletivo, mais solidão que multidão, é bom saber que na hora de cair
pode não haver qualquer rede, ou haver, mas frágil, e não sustentar a queda.
Em tempo: estou reencontrando o prazer de ler, o
prazer da boa literatura, no romance de Ricardo Piglia, Respiração artificial.
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