CALMA E SILÊNCIO
Pastores enterraram o sol na floresta
nua.
Um pescador puxou
Um pescador puxou
a lua do lago gelado em áspera
rede.
No cristal azul
Mora o pálido Homem, o rosto apoiado nas suas estrelas;
Ou curva a cabeça em sono purpúreo.
Mora o pálido Homem, o rosto apoiado nas suas estrelas;
Ou curva a cabeça em sono purpúreo.
Mas sempre comove o voo negro dos
pássaros
Ao observador, santidade de flores azuis.
O silêncio próximo pensa no esquecido, anjos apagados.
Ao observador, santidade de flores azuis.
O silêncio próximo pensa no esquecido, anjos apagados.
De novo a fronte anoitece em pedra
lunar;
Um rapaz irradiante
Surge a irmã em outono e negra decomposição.
Um rapaz irradiante
Surge a irmã em outono e negra decomposição.
George Trakl. De profundis e outros poemas. Trad.
Claudia Cavalcanti. São Paulo: Iluminuras, 2010, p.53.
Nenhum comentário:
Postar um comentário