PRODÍGIOS DA LIBERDADE
Nos dentes da
armadilha,
a pata da raposa.
E o sangue sobre a
neve,
o sangue da raposa.
E marcas sobre a neve,
as marcas da raposa
que foge com três
patas,
sob o sol já poente,
levando entre seus
dentes
uma lebre ainda viva.
Carlos Drummond de
Andrade. Poesia traduzida. São Paulo:
Cosac Naify, 2001, p.307.
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