“A queda de Cunha era questão de tempo.
Figuras como ele são eficientes para agir nas sombras, não na linha de frente.
Ainda mais com a megalomania que sempre o acompanhou, acima de qualquer limite
de prudência. Em ambiente democrático, não há espaço para os superpoderosos.
Tanto assim, que um dos truques
históricos da mídia, quando quer marcar um inimigo, é superestimar seus poderes.
O sujeito entra na marca de tiro, torna-se alvo não só de jornais como de
outros poderes.”
Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário