Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


domingo, 4 de julho de 2010

"Bianca" (cena da praia)

Trata-se de um psicopata, sem dúvida, ou de um melancólico, quem sabe. A íntegra do filme só vai confirmar isso. Um filme ótimo, com um humor refinado, típico do Moretti, uma das boas surpresas das mostras a que assistia no Palácio da Artes, em BH. E é o próprio Moretti que faz o psicopata, digo, o protagonista. A seu modo, um filme político.

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